quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Carta aberta aos benfiquistas

Caríssimos benfiquistas,

Sejam muito bem-vindos de novo. Espero que me façam tão feliz como da última vez que cá vieram. Saibam que serão sempre bem-vindos. Gostava de comunicar que não sou esquisito e, portanto, podem trazer polícia, de carro, a pé, ou a cavalo, como quiserem e quantos quiserem. Contratem uns gorilas para fazer de segurança privada. Tragam o Exército, a Marinha ou a Força Aérea, o FBI, a CIA ou o Hezbollah. Ameacem não comparecer ao jogo, ao flash-interview e ao aquecimento, armem confusão no túnel, fora do túnel e debaixo da ponte. Façam mais uns quantos comunicados, combinem com o Guerra, o Delgado ou o Bonzinho mais umas manchetes bombásticas e expliquem à Leonor Pinhão o que é uma actualização de números de sócio. Peçam aos vossos adeptos para virem ao jogo, para não virem ao jogo, para virem só à 1ª parte e para virem só à segunda parte. Tragam uma águia, uma avestruz, uma galinha ou um pardal. Joguem com 11 novos Di Maria. Metam o Jesus no banco com o cabelo, branco, cinzento, loiro, castanho ou cor-de-burro-quando-foge. Queixem-se do árbitro antes, depois e durante o jogo, ao Ministro da Administração Interna, da Justiça ou da Saúde, ao Sócrates, ao Rei de Espanha, ao Papa ou a Alá, o que até faz sentido. Tragam o Eusébio para ele provar um marisco muito bom chamado francesinha e façam-lhe mais umas quantas galas.

Mas por favor, não cortem o trânsito na avenida da Boavista porque eu preciso de ir trabalhar.

Obrigado.